quinta-feira, 8 de julho de 2010

O diário da nossa paixão.




''O medo é um preconceito dos nervos. E um preconceito, desfaz-se - basta a simples reflexão.'' Machado de Assis.

Algo dizia a Matheus que se topasse viajar com seus pais para um lugar pouco visitado, sua vida mudaria totalmente. Seus pressentimentos nunca falhavam e isto fez com que o desejo de embarcar nessa aventura aumentasse cada vez mais. decidiu ir... Matheus como quase todos os jovens de hoje, tem uma tribo , um estilo diferente e Matheus não era diferente deles, ele também participava de um estilo, e o seu era ''punk'' com os cabelos espetados e ou bagunçados, o estilo agressivo,calças surradas, mas adaptados à realidade de hoje. Já era a noite, estava bem escuro mesmo e ao meio do caminho algo trágico acontece, um acidente que talvez seria o que Matheus pressentia que poderia mudar a sua vida, o pai de Matheus já estava muito cansado pois havia dirigido a bastante tempo e não percebeu quando  o animal invadiu a pista o carro bate, e mais dois carros também entram no trágico acidente , o carro em que Matheus estava explodi, ambulâncias chegam imediatamente e leva todos os feridos para o hospital. Matheus acorda no hospital, desesperado sem se lembrar de algumas coisas que haviam acontecido, nas camas ao lado havia um garoto que também estava no acidente que viu que Matheus não se lembrava muito e foi tentar explicar a ele, ele já foi logo perguntando sobre seus pais e o garoto que Matheus conversava ficou em silêncio, Matheus perguntou novamente ainda mais afobado, o garoto estava chorando, mas respondeu a pergunta de Matheus.
- Eles não resistiram ao acidente, e faleceram na sala de cirurgia. Eu sinto muito mesmo!
Matheus começou a chorar até quase perder o fôlego, as lágrimas se espalhavam pelo seu rosto, contornando até o seu queixo, precisou de tomar um sedativo. Ele acordou, e o garoto ainda estava ao seu lado, como se não bastasse o tal garoto era ''emo'' e como existe uma grande inimizade entre essas duas tribos, Matheus resolveu não puxar assunto com ele, mas quando o garoto viu que Matheus já estava acordado, ele já foi dizendo.
- Olá, meu nome é Max. - Matheus havia entendido que Max queria apenas anima-lo e acima de tudo inclusive o estilo, Matheus viu que Max era uma boa pessoa.
- Olá, prazer. Meu nome é Matheus.
-Prazer. Sabe ... eu já perdi meus pais, e eu entendo o que você passa.
- É realmente não é fácil ! E agora, o que vai ser da minha vida ? Eu tenho apenas 17 anos, não posso morar sozinho, o resto da minha família moram na espanha. Como eu vou estudar, e trabalhar ao mesmo tempo ... Já não sei mais o que fazer.
- Eram as mesmas coisas que eu pensava, mas eu tinha alguns parentes aqui e eles me ajudavam, muito. Hoje eu moro sozinho, de você quiser morar um tempo comigo para ver o que vai ser, eu não irei me importar!
-Eu irei pensar no assunto, mas agora eu vou dormir um pouco, estou muito cansado e ainda muito chocado com tudo isso.
- Tudo bem.
Ao acordar,  Matheus vê que Max estava o observando dormindo, mas ele agiu como se não tivesse visto nada. Olhou para Max e disse.
- Você dorme como um anjinho. - risos
- Haha, engraçadinho você em. Sabe eu estive pensando eu acho que vou para sua casa, preciso de um tempo para pensar em como vou fazer. - Max sorriu ao ouvir, e disse que podia contar com ele, pois como ele já havia passado por aquela mesma situação, entendia muito bem que ele estava precisando mais do que um ombro amigo.
Matheus e Max tiveram alta, e foram para a casa de Max como haviam combinado, pelo mais estranho que Matheus estivesse achando tudo aquilo, ele entendia que ele realmente precisava. Ao chegar a casa, Matheus vê que Max tem uma boa vida, uma boa renda para sustentar a casa daquele tamanho, além de ter 18 anos e ser bem jovem.
- Fique a vontade, ah casa é sua.
Max leva Matheus até seu quarto e recebe um telefonema, e diz a Matheus que precisa sair, mas que é pra ele ficar a vontade a sua casa, e diz também que não tem hora de voltar. Matheus acha um pouco estranho mas entende e diz pra Max ficar despreocupado. Quando Max sai, Matheus o observa pela janela, e vê quando ele beija um garoto e logo em seguida saem de carro. Matheus já esperava aquilo, não tinha preconceito ainda mas aquele garoto estava fazendo ele ficar muito bem, ao ver a cena do beijo Matheus sente ciúmes de seu amigo, e está confuso com seus sentimentos, ele estava sentindo algo forte por Max desde a primeira vez que se viram, e nunca tinha passado por aquilo antes, aliais ... ele era hétero. 

(continua...)   

  

2 comentários:

  1. ridículo mesmo são pessoas que no século XXI ainda existam mentes tão pequenas quanto a sua.. só lamento.

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